CARTA ABERTA DE CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR - BRASIL SOBRE O RISCO DE RETROCESSOS:
DECLARAÇÕES DO VATICANO, LAICIDADE E SEXUALIDADE.
Dezembro de 2008
Católicas pelo Direito de Decidir vem a público expressar sua preocupação diante das últimas manifestações do Vaticano frente a questões fundamentais para a realização da dignidade e da liberdade humanas.
Ao firmar um acordo com o Estado brasileiro, o Vaticano valeu-se da prerrogativa de apresentar-se como Estado para estabelecer uma relação de privilégio na sociedade brasileira frente a outras religiões. Esse acordo é um evidente anacronismo referido a um contexto histórico de cristandade há muito superado.
Tal proposta fere valores presentes na sociedade brasileira, como o pluralismo religioso. Fere também seus próprios princípios internos, uma vez que o Concílio Vaticano II, órgão máximo de autoridade da Igreja Católica e cujas diretivas mantêm-se vigentes, evidenciou dois princípios fundamentais: o ecumenismo e a concepção da Igreja como povo de Deus. O Vaticano, ao buscar estabelecer este acordo, contradiz tais diretrizes.
O que importa ao Vaticano: firmar-se como um poder político ou identificar-se com o Evangelho e os desafios pastorais de nossa época?
Ao governo brasileiro perguntamos: que razões podem levar um Estado constitucionalmente respeitoso de todas as religiões a estabelecer privilégios para uma única religião, tais como: isenção de impostos e liberação de cumprimento de leis trabalhistas?
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Católicas pelo direito de Decidir
As Católicas pelo Direito de Decidir, tradicional grupo de defesa dos direitos das mulheres, lançou uma carta em que protesta contra o acordo Brasil-Vaticano.
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